quarta-feira, 11 de março de 2015

COISAS BOAS


                                                                                                                                 11/03/15


               Suspense!  Eu me esqueci de contar: os brasileiros tinham ido trabalhar num vilarejo próximo. Voltaram sãos e salvos. Aqui não é um cenário para romances da Agatha Christie.

                As pessoas são, na maioria muito simpáticas, educadas, falam "sorry" e "thank you" toda hora e tirando aquele probleminha do banho e do jeito de comerem, são todos muito educados. Falam um de cada vez,  não interrompem a fala de ninguem, prestam muita atenção uns nos outros, mesmo quando o inglês é estropiado feito o meu. Enfim, gente fina.

                Às vezes, penso que os europeus são um tantinho arrogantes... mas é só um pensamento passageiro, não é uma constatação.

                A maioria dos alunos tem entre vinte e trinta anos. E a maioria dos professores, entre quarenta e cinquenta anos. Eu, como sempre, estou fora da maioria, sou uma exceção.

                Minhas jovens coleguinhas de classe são um baratinho... completamente diferentes uma da outra. A lourinha, eslovena Natasha é super extrovertida, barulhenta espalhafatosa, agitada e gay assumida. E a chinesa, bem magrinha Sixia, é quietinha, toda doce, toda tímida  e  nunca teve namorado. As duas parecem irmãs, Brigam e fazem as pazes o tempo todo e vem contar  pra "vó", que no caso sou eu. Até que eu gostaria de ter duas netas assim!

                No sábado à tarde, fui às cachoeiras novamente, Levei minhas "netas". Delícia.
                No sábado à noite, fizeram uma festa de boas vindas para o novo "team", como eles chamam: Natasha, Sixia e eu. Uau! Que time! A festa foi joia. Teve violão, todos cantam junto, muito legal e depois brincadeiras de salão, super engraçadas, rimos muito.  Fizeram docinhos de aveia e suco de carambola. Como sou diabética, fizeram docinhos de aveia "sugar free" pra mim... Tive que comer. E considerando o carinho,.. eu quase gostei. Mas disse que gostei. Na verdade gostei do carinho, não do docinho.

               E no domingo, fomos todos à praia. Estava um dia lindo, e foi tudo perfeito. Numa das pontas da praia, a montanha cai diretamente no mar. Eles chamam de penhascos. Dá pra gente subir lá e tem umas pequenas saliências nas pedras, onde os sensatos se sentam pra ver a paisagem e os loucos usam como se fosse trampolim, e pulam pra cair num poço de mar azul. Eu subi lá, só para olhar a paisagem, lógico. Não sou louca.

              A vista é lindíssima. A cor do mar do Caribe é indescritível! Uma mistura perfeita de azul e verde, muito transparente, contrastando com a areia negra, é, como diria Caetano, beleza pura! Dá pra ver uma pequena baía e a vila de Chateaubelair do outro lado. Maravilha!

               Mas eu não fiquei me deslumbrando com a paisagem durante muito tempo. Fiquei olhando os loucos saltando.

- Pulo?
- Não, é perigoso, Não pulo.
- Mas deve ser tão bom!
- Não! Eu não sei nadar direito!
- Mas é tão lindo!
- Não! Tem pedras, eu posso bater nas pedras e me machucar!
- Mas eles parecem tão felizes, pulando..

                E foram se acabando os argumentos contrários, esmagados pela vontade de pular... afinal, por que não?

                Pulei! Amei!

               No jantar, depois de contar minha façanha, de ter pulado do penhasco de cinco metros de altura, me perguntaram qual será o meu próximo desafio, A resposta veio tão rápida e confiante, que até me assustei:

- Pular dos sete metros!

               Voce já pode dizer eu li na tela da
                                                                           Eulina


,
-

               

             





















2 comentários:

  1. Estou chocada , que eu saiba você nem nadava mas saltar é real,ente uma Eulina nova.

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  2. Estou chocada , que eu saiba você nem nadava mas saltar é real,ente uma Eulina nova.

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