sexta-feira, 30 de setembro de 2022

   

                                                                         MAIS MOMENTOS


Vi uma festa de casamento na praia, me explicaram que os noivos pulam sete ondas. Quando eu cheguei na praia, eles já estavam indo embora. Mas pararam para que eu tirasse fotos. Achei legal!

Houve também uma festa de aniversário. Uma menina que fez onze anos. Armaram uma barraca, enfeitaram com balões e colocaram uma mesinha com salgadinhos (pastelzinho de repolho e outro de camarão) muito gostosos! Umas quinze crianças. Todas sentadinhas junto com a aniversariante, num dos cantos da barraca. Muito comportadinhas. A aniversariante tinha uma coroa na cabeça. Aí, chegaram umas caixas enormes com comidas. Crianças na expectativa. A mãe da aniversariante e mais uma moçambicana abriram as caixas de onde tiraram pães, embalagens com bifinhos de carne moída, ovos fritos, mostarda e catchup. Foram montando hambúrgueres e distribuindo para as crianças que ficaram quietinhas comendo, todas sentadinhas em um dos cantos da barraca (a barraca é quadrada). Fiquei admirada! Cada uma ganhou um sanduíche e uma garrafinha de refrigerante com canudinho. Quando todos acabaram de comer, as crianças se levantaram e começou a algazarra.

 Primeiro, brincaram de trenzinho, depois de roda, correram pularam à vontade! Enquanto isso, a mãe e sua amiga preparavam a mesa, colocando o bolo e os doces. Depois das arrumações, a mãe da aniversariante chamou, e todos se posicionaram em volta da mesa para cantarem. Parabéns a você! O canto é igual! Após a cantoria, as crianças se sentaram todas comportadinhas novamente, no mesmo canto, para esperar um pratinho com bolo! Só então, foram todos liberados para mais brincadeiras.

 Amei a festinha! Não comi o bolo, mas os pasteizinhos estavam deliciosos!

Você já pode dizer eu li na tela da Eulina.


segunda-feira, 26 de setembro de 2022

 

                                                                             AULAS       


Aulas de inglês. Como a principal fonte de renda e trabalho desta cidade é o turismo e os turistas são na sua maior parte provenientes de países de língua inglesa, é importante aprender inglês. Abre-se um grande nicho de empregos. Hotéis, lojas, guias turísticos. Então, visando a inclusão social das crianças oriundas de famílias vulneráveis, o projeto Lwandi Surf decidiu ministrar aulas de inglês para seus alunos. Eles adotam um livro aprovado pela ONU. Cada criança tem o seu livro. Eles aprendem o básico. Suficiente para se comunicarem com estrangeiros. 

Eles fazem os exercícios a lápis. Assim, quando terminam o curso, outro aluno pode apagar o que está escrito e fazer o exercício. Eu estava ajudando uma das meninas a fazer o exercício, quando vi que ela estava simplesmente escrevendo por cima da resposta anterior… chamei o professor:

- Assim não vale! Você tem que apagar e fazer o exercício. Não vale copiar!

Ela deu um sorriso malandro e pegou a borracha.                                                                            

A aula parece uma bagunça. Todos falam, riem, zoam uns dos outros, os professores tem que pedir silêncio, tudo parece uma grande brincadeira. Mas ao final, quando os professores  solicitam, todos respondem tudo o que foi ensinado. Eu fiquei espantada. Achava que eles não estavam prestando atenção, nem entendendo nada. Enfim, achei bem legal essa maneira tão descontraída de ensinar e aprender     

                                                                           ***

Fui convidada a fazer uma leitura do meu livro “O Sorriso do Macaco” em uma escolinha de crianças de cinco anos. Fiquei bem aflita, sem saber como fazer. Afinal, resolvi tirar xerox das páginas com exercícios e pausar a leitura depois de cada página para que as crianças fizessem o exercício. Deu certo. Eles ouviam com atenção, olhos sérios e se divertiram com as ilustrações, olhos risonhos. E depois se empenharam com afinco na tarefa de ajudar a coruja a consertar a bagunça do macaco!          

Depois a professora me disse que eles adoraram o macaco, quiseram dependurar os exercícios no quadro e mostram para os pais, todos orgulhosos! Que bom! Foi um sucesso! 

Minha filha Clarissa que ilustrou lindamente o livro, deve estar feliz, no céu. E minha outra filha Susana que fez a análise pedagógica pode ficar feliz também!  Afinal é o nosso livro fazendo sucesso internacional!

                                                                                ***    

Aula de dança. As meninas vão se apresentar em Maputo. Este é um ensaio da apresentação. O ensaio é feito num grande terreiro de areia, em frente a uma escola municipal. Enquanto a professora e a coreógrafa não chegam, as crianças brincam de roda! Aqui ainda existe isso! Cantam cantigas, sempre tem uma criança que fica dentro da roda e ao final escolhe outra criança, tudo do mesmo jeito que eu brincava na escola quando era criança, no Rio de Janeiro… Amei!

A professora e a coreógrafa chegam trazendo instrumentos de percussão e os “batuqueiros”. A coreógrafa, vestida aqueles panos lindos, faz alguns movimentos, ao som do batuque. Ela movimenta todas as juntas do corpo, sempre sorrindo, com muita graça. O remelexo africano. As meninas olham atentas. 

Elas já conhecem a coreografia. Ao comando da professora, formam duas filas. O batuque começa uma das meninas canta e as outras respondem. E elas vão dançando, fazendo rodas, fazendo pares, sem perder o ritmo! Muito lindo! Isto é… eu estava achando muito lindo, mas a professora queria mais!

-Não está bom! Do jeito que vocês estão fazendo, qualquer um faz! - ela deu uma olhadinha de relance para o meu lado e eu acho que ela pensou: qualquer branquela pode dançar assim… vocês tem que mexer os braços a mão, o pescoço, a cabeça e principalmente a cintura, os quadris! -  virou-se para a coreógrafa e disse - mostre a elas!

E a coreógrafa mostrou! Mexeu todos os ossos do seu corpo! Rebolou como como nunca… ou como sempre? Mostrou tudo o que a sua cintura é capaz, e as ancas também. Lindo, lindo! As meninas observando atentas e eu quase dançando também. Parodiando a famosa canção brasileira, posso dizer:      “ “O que é que a moçambicana tem? Tem graça como ninguém!” 

Elas nascem com o ritmo e o rebolado no DNA e aperfeiçoam na escola.

                                                                                      ***

Leitura do livro O Sonho da Galinha. Escrevi o livro pensando em crianças até dez ou onze anos. Agora, o desafio é ler o livro para adolescentes. Pensei, pensei e achei que seria apropriado falar sobre alegoria. Explicar como uma obra pode despertar pensamentos, sensações e emoções parecidas com as dos personagem, mas que acontecem ou já aconteceram na vida real. Expliquei tudo isso e comecei a ler. De tempos em tempos eu parei a leitura para perguntar o que tinha acontecido na vida deles que era parecido com o livro. Primeiro, o sonho… uma menina queria ser professora, outra veterinária, um menino queria uma bicicleta, outro queria ser um atleta do surf… Depois de ler as tentativas e fracassos da galinha, parei novamente… eles disseram da frustração de repetir o ano na escola, na dificuldade dos pais terem dinheiro…mas todos concordavam que o importante é não desistir, continuar tentando e acreditando que vai dar certo! No final, um dos meninos resumiu muito bem a história! Quase chorei de emoção. 

O professor deu uma lição de casa: escrever qual é o sonho e dizer três coisas que é preciso fazer para conseguir realizá-lo. Pena que eu não vou estar aqui para ver às redações.

                                                                                    ***

Agora só falta falar da leitura que vou fazer com os adolescentes, do livro O Sorriso do Macaco. Com as criancinhas de cinco anos, deu certo. Agora, com adolescentes, depois de pensar muito, e de ler com atenção a introdução feita pela minha filha Susana, decidi falar sobre a fantasia e a realidade. \a importância da imaginação e da realidade. E principalmente, do equilíbrio entre ambas, buscado pela coruja.  E vivenciar tudo isso, com o bom humor e o sorriso do macaco! Tomara que dê certo.


Você já pode dizer eu li na tela da Eulina.

domingo, 25 de setembro de 2022

                                          

                                                  MINHA VIDA EM PONTA D’OURO


Nesta cidade não existe estresse. Tudo é tranquilo, todos são tranquilos. As pessoas se encontram, se abraçam, sorriem sempre, falam chananga entre eles e dão muitas risadas… parece que estão sempre se divertindo. As mulheres carregam coisas na cabeça e o filho nas costas, sempre rebolando. Usam panos lindos amarrados na cintura e no bebê. Chananga é a língua dêles e os panos lindos se chamam capulanas.

No mercado, as vielas são muito estreitas. Quando estou indo em uma direção e vem vindo um homem na  direção oposta, eles não se afastam nem um pouquinho. Sou eu que tenho de me espremer em um dos cantos, para eles passarem. Mas se for uma mulher, ela se afasta rapidinho, e nós duas passamos sem problemas. Será que é assim sempre, ou aconteceu por acaso comigo e eu estou generalizando? 

Esta cidade consiste numa longa rua de areia, paralela à praia, com algumas bifurcações que levam ao mercado. As casas são grandes, com grandes terrenos cobertos de vegetação. É chique. O presidente da república tem uma casa aqui.  Muita gente dos países vizinhos, principalmente da África do Sul, tem casa aqui. Eu ainda não consegui entender onde moram as pessoas que vejo no mercado, nas barracas de artesanato, nos salões de beleza trançando os cabelos…

A praia, com mar bem azul, areias fininhas, muito brancas, é linda! Lembra a praia de Juqueí, no litoral norte de São Paulo. Mas as águas do oceano Índico são frias. Eu ainda não entrei no mar. Mas tenho caminhado pelas areias fofas todos os dias. Apesar de estarmos numa zona tropical, a vegetação é verde escura, bem diferente da vegetação  do Brasil. Muitas árvores com tronco retorcido e folhas escuras. É bonito, mas eu sinto falta daquele verdão escandaloso das plantas brasileiras e do Caribe.  

E os pássaros! É verdade que “as aves que aqui gorgeiam, não gorgeiam como lá” no Brasil! Existem muitos pássaros, pequeninos e pouco coloridos (vários tons de beje, marrom e preto), com trinados completamente diferentes dos pássaros brasileiros. Não tem bem te vi e nem fogo apagou... Mas os passarinhos são todos lindinhos! Acordo pela manhã, com sons dos passarinhos moçambicanos… é muito bom.

Eita vida boa!

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quinta-feira, 22 de setembro de 2022

                                           AULA DE SURF


Começa com todos os alunos sentados no chão, formando uma roda. O professor aponta para um aluno:

- Diga um motivo pelo qual você é grato hoje!

- Eu sou grato hoje, porque minha mãe fez a comida que eu gosto (êle disse um nome ininteligível de uma comida moçambicana).  Depois apontou para uma das meninas que também disse porque estava grata. E assim por diante, um por um inclusive eu, todos tiveram seu momento de expressar o motivo de sua gratidão. Achei bonito. Alto astral. Todos os dias existe pelo menos um motivo pra gente ser grata.

Reparei que eles falam bem baixinho, com a cabeça inclinada, e olhando para o chão. O professor disse que são tímidos.

Depois dos agradecimentos, um momento de meditação. Todos se deitam e um dos meninos fala: relaxem os braços… as pernas… as costas… e eles ficam quietinhos meditando. Meditam rapidinho. Acho que uns dois minutos.

Em seguida, vão pegar as pranchas e a parafina. Ficam passando parafina na prancha bem mais tempo que ficaram meditando. Agora, todos falam, riem, fazem brincadeiras… a timidez sumiu. 

Pranchas devidamente parafinadas, eles vestem as roupas de surfistas e estão prontos. 

Nessa hora, acontece a grande transformação. Eles e elas colocam a prancha debaixo do braço e a postura muda. O olhar muda. O jeito de andar muda. Eles deixam de ser meninos negros e pobres, de um país de terceiro mundo, para serem atletas surfistas, com direito a sonhar com competições e campeonatos disputados principalmente por jovens, brancos e de classes sociais elevadas.

Fiquei admirada de ver a mudança. Todos eles e elas caminharam orgulhosamente até a praia, com a prancha debaixo do braço. Na praia, fizeram exercícios de alongamento e depois correram para a água. Daí por diante não sei mais descrever seus movimentos. Só fiquei admirando. 

Mas sei que vi o suficiente para entender a inclusão social através do esporte.

Você já pode dizer eu li na tela da Eulina.



quarta-feira, 21 de setembro de 2022


                                                    PONTA D’OURO - LWANDI SURF


Ponta D’Ouro é nome da cidade de praia, onde fica situado o projeto da escola de surf denominado Lwandi Surf.

A intenção principal do projeto é diminuir as diferenças sociais, por meio da inclusão de jovens adolescentes oriundos de classes sociais vulneráveis, através do aprendizado de surf.  Durante esse aprendizado, os jovens têm oportunidade de serem orientados, de maneira terapêutica, através  de reflexões que os auxiliam a enfrentar situações adversas e a buscar oportunidades às quais antes, eles não teriam acesso. 

Além das aulas de surf, os jovens têm aulas de inglês, meditação, yoga, rodas de conversa, e quaisquer outras atividades afins. Todas essas ações tem o objetivo de capacitar os jovens ao convívio social, preenchendo seus dias e afastando-os das drogas e do álcool. As atividades são desenvolvidas durante o contra turno escolar e  para poder frequentar as aulas de surf e demais programas, o aluno precisa comprovar a frequência às aulas regulamentares, além de mostrar o boletim com boas notas mensais.

As atividades são desenvolvidas num espaço arborizado, em frente à praia.

Eu estou participando das aulas de inglês, nas quais eu os ajudo com os exercícios, quando solicitada. Mas a minha participação mais importante será a leitura e interpretação do texto de meus dois livros infantis. Durante as rodas de conversa, os livros serão lidos e os alunos serão instigados a pensar e tirar suas próprias conclusões a respeito dos textos.

Para mim é um desafio enorme esse tipo de intervenção, uma vez que foge totalmente da minha formação acadêmica. Eu tenho frio na barriga quando penso nisso. Mas por enquanto, estamos ainda preparando a atividade. Depois que acontecer eu escrevo.

Ponta do Ouro fica bem ao sul de Moçambique e é rota de baleias, que vêm ter seus filhotes na frente da praia. Então, s observarmos o mar, podemos ver, com certa frequência, as baleias brincando com seus filhotes, fazendo aquele esguicho. Dá pra ver da varandinha de meu quarto. Pena que não tenho binóculos.

Esta é uma cidade de praia, cuja atividade principal é o turismo. Bem bonita. Frequentada por pessoas dos países fronteiriços, principalmente por africanos do sul. A casa onde estou hospedada fica bem pertinho da praia. Fui caminhar quase todos os dias pela areia fofa.  Mas o oceano Índico é gelado. Só me molhei até a canela. Não me atrevi a entrar.

Venta muito O vento faz barulho, encobre o som das ondas. O barulho é contínuo, como se fosse um rio passando por entre as pedras.


Você já pode dizer eu li na tela da Eulina.

terça-feira, 20 de setembro de 2022

                                                  

                                                                             ADIS ABEBA E MAPUTO


Estou em Ponta D’Douro, uma cidade de praia, cerca de três horas de Maputo, capital de Moçambique.

Para chegar aqui, eu tomei um avião da Ethiopian Airlines em Guarulhos, desci em Adis Abeba no fim da tarde, pernoitei lá e retomei o voo para Maputo no dia seguinte pela manhã. Então, vou contar minhas impressões de uma noite em Adis Abeba. 

É uma cidade grande, com uma avenida larga e muito iluminada, cheia de trânsito e de gente andando pela rua. As mulheres quase todas de cabeça coberta, com turbantes ou lenços muçulmanos. As poucas mulheres com cabelos descobertos tinham trancinhas tipo rastafari. Negros, muitos negros. Cara séria, Poucos sorrisos. A companhia de aviação providência a hospedagem e o "transfer" para o hotel.

A caminho do hotel, quando saímos da avenida, entramos em ruas estreitíssimas sem asfalto e povoadas de casebres miseráveis, ao lado de construções modernas. Muito esquisito. Meu hotel era uma dessas construções modernas numa rua de casebres. Meu quarto era enorme, com um banheiro igualmente enorme. Pode-se dizer que era luxuoso, com direito a sabonetinho, xampu, condicionador e creminho. No dia seguinte, observei a cidade pela manhã. Muita gente andando. Não se pode dizer que é um povo bonito, nem feliz. Tá certo que vi muito pouco, mas eram sérios e pareciam tristes.

No aeroporto foram eficientes e impacientes. As filas dos prioritários não incluía os idosos. A fila "economic" estava cheia de velhinhos. Tivemos de tirar os casacos, os cintos, os sapatos e colocar tudo em caixas, junto com os eletrônicos e a bagagem de mão, fomos todos apalpados pela polícia, após passar no raio X. Tudo com muita pressa e atendendo ordens gritadas. Um horror. Stress total.

Enfim, chegamos em Maputo. Tudo muito mais simpático. Os funcionários da aduana examinaram meus documentos, perguntaram algumas coisas, mas toda vez que viam que eu sou brasileira, sorriam! Adoro ser brasileira!

                                                                         MAPUTO


Cheguei por volta de meio dia. O Rômulo, um dos sócios do projeto, estava a minha espera, com sua simpática namorada sul africana  chamada Michele. Fomos almoçar e fazer algumas coisas na cidade. Pude ver uma feira, onde, além de frutas e legumes, se vendiam roupas e sapatos que ficavam empilhados no chão. Me explicaram que são vendas de calamidades, ou seja, roupas doadas por ocasião das calamidades e que sobraram. Então, são vendidas nas feiras.

Tudo muito colorido. A cidade é grande e congestionada. Ainda passamos na casa de alguém, para pegar uns pacotes e depois pegamos a estrada. Uma grande estrada com duas pistas bem largas. Asfalto muito bem conservado. Um susto: a mão é do lado esquerdo, como na Inglaterra.

-Por que? Moçambique foi colonizada pelos portugueses, deviam ter mão do lado direito!

-Depois da independência houve um plebiscito e o povo decidiu inverter a mão, por causa das fronteiras com países colonizados pelos ingleses. Este país, tem o turismo como uma das maiores fontes de renda, e essa foi uma maneira de tornar mais fácil a vida dos turistas.

E assim, fomos até entrar num parque. Área preservada. Então aconteceu a coisa mais linda! Vimos uma girafa atravessar a estrada! Bem devagarinho, toda elegante, toda faceira! Paramos o carro pra ela passar. Quando continuamos, Joel, o motorista falou:

-Olha, tem mais uma deste lado! 

Eu olhei e vi mais uma comendo a copa de uma árvore. Depois foi outra e outra, fui contando, perdi a conta na décima,  mas havia ainda várias girafas comendo as copas das árvores e vi dois filhotinhos comendo as folhas de baixo! Lindo! Fiquei tão boba, que me esqueci de tirar fotos!

Assim foi minha chegada a Ponta D'Ouro!

Você já pode dizer eu li na tela da Eulina.